No cotidiano da pessoa com deficiência visual, seja ela cega ou com baixa visão, a questão da acessibilidade é um problema recorrente. De acordo com a legislação, a acessibilidade é um direito assegurado que consiste no acesso a lugares públicos por toda e qualquer pessoa que apresente alguma restrição de mobilidade. A pesquisa tem como objetivo principal divulgar para a comunidade de Caxias do Sul, as dificuldades enfrentadas diariamente pela pessoa com deficiência visual e as alternativas possíveis para a melhoria da vida desses indivíduos. A metodologia fundamentou-se em uma pesquisa de campo realizada com 15 pessoas com deficiência visual, dentre elas pessoas cegas e também com baixa visão, sem nenhuma restrição de idade ou gênero. Através de uma entrevista com cinco profissionais que trabalham no instituto, foi possível esclarecer os termos mais técnicos acerca do assunto. As entrevistas foram realizadas com usuários do Instituto da Audiovisão (INAV), em Caxias do Sul, além de uma revisão bibliográfica completa que deu embasamento à pesquisa. Um documentário foi elaborado para sensibilizar a comunidade acerca da falta de acessibilidade na cidade e a produção de um piso tátil móvel para ambientes internos foi de extrema importância para completar as demais etapas que antecederam a pesquisa. Com relação a análise dos resultados, evidenciou-se que o desenvolvimento e melhoria da acessibilidade na cidade é inteiramente dependente da mudança e do progresso no que diz respeito à regularização das calçadas, seguidos da precariedade dos transportes públicos parcialmente inacessíveis, juntamente com a conscientização da população que, atualmente, não está capacitada a auxiliar a pessoa com deficiência visual nas ruas. O piso tátil móvel para ambientes internos foi testado duas vezes por pessoas com deficiência visual que utilizam-no diariamente, instalado com o intuito de analisar a durabilidade e autenticidade do mesmo. Ainda assim, torna-se indispensável a divulgação de tal para órgãos políticos e governamentais. Fala-se muito da melhoria da acessibilidade de maneira teórica, mas é possível constatar que a mudança só é conquistada na prática. Espera-se que a pesquisa sirva de incentivo para que os órgãos responsáveis pela acessibilidade e regulamentação possam finalmente colocar em prática todas as medidas que há muito jazem no papel.