Na manufatura aditiva (impressão 3D), as rotas de impressão são calculadas por um software de geração de código G, também chamado de software fatiador ou slicer. Cada software tem um algoritmo próprio de controle e conta com um grupo de ajustes que permitem maior ou menor flexibilidade ao usuário. Quando esse software é de plataforma aberta, ele possibilita fazer impressões com configurações de variáveis, tais como: velocidade de impressão, densidade e formato de preenchimento, espessura da parede externa, entre outros. A variação destes parâmetros permite o estudo do impacto destas características na qualidade e propriedades da peça impressa. O Campus Farroupilha do IFRS conta com uma impressora 3D de plataforma fechada, com um software fatiador próprio, que realiza a interface entre o desenho CAD (desenho assistido por computador) e o hardware da impressora. Para se utilizar outros softwares fatiadores sem nenhuma interferência ou com interferência mínima é necessário avaliar a adaptação e compatibilidade de linguagens. Este trabalho tem como objetivo utilizar os códigos gerados pelo software Slic3r na impressora 3D do campus para imprimir um pequeno corpo e comparar a qualidade final da peça com uma mesma peça impressa utilizando o software do fabricante da impressora. O uso deste outro software também possibilita imprimir peças com geometrias que o software do fabricante não consegue processar. A escolha do Slic3r se deve por ser um sistema com código aberto e permitir configurações diversas de impressão com boa confiabilidade. Um corpo em forma de paralelepípedo foi projetado em um software de desenho assistido por computador. Esta peça foi adicionada no software da impressora e o código G gerado foi estudado a fim de se conhecer as configurações de impressão utilizados pelo software fechado. Após, a peça foi inserida no software Slic3r com os parâmetros de impressão semelhantes ao do código gerado e ambos os códigos foram executados na impressora. O tempo de impressão de cada peça foi aferido e as dimensões das peças foram aferidas com um paquímetro digital. Após fabricar ambas as peças, percebeu-se que as medidas da peça feita pelo Slic3r foram mais precisas ao modelo desenhado, porém a peça apresentou algumas pequenas falhas na sua superfície. Já os tempos de fabricação foram semelhantes. Portanto, obteve-se informações parciais sobre o funcionamento da comunicação com um equipamento de manufatura aditiva, comandos de código G para impressão 3D e as principais funções de um software de fatiamento de arquivo CAD. Pretende-se, ao decorrer do projeto, explorar os recursos avançados do Slic3r e obter as configurações de impressão que gerem as melhores peças em vários materiais e/ou geometrias diferentes.