Detalhes do Trabalho
Título do Trabalho
Projeto Meninas nas Ciências Exatas, Engenharia e Computação
Autor(es)
Larissa Dellabetha, Hiona Benetti Ritter, Karine Miranda, Elisangela Muncinelli Caldas Barbosa, Delma Tania Bertholdo
Nível / Modalidade
Graduação / Extensão
Resumo

Desde os primórdios, a mulher sempre foi inferiorizada por uma sociedade patriarcal. Batalhas pela igualdade, pelo respeito e pelo fim de qualquer tipo de subjugação foram travadas desde então, trazendo constantes vitórias importantes. No século XXI, ainda há um desequilíbrio de gênero em alguns âmbitos, nos quais as mulheres são pouco participativas. Isso se deve, em partes, ao fato de que determinadas áreas não são muito procuradas, seja graças à desigualdades, à educação sexista, a estereótipos ou até mesmo à falta de incentivo. A exemplo disso, estão as ciências exatas, que contam com uma baixa porcentagem de participação feminina. É importante que pessoas do sexo feminino, que estão em processo de desenvolvimento, tenham a oportunidade de descobrir que esta área também é um lugar para elas, pois muitas mulheres desistem ainda muito novas ou nem cogitam essa possibilidade pelos motivos já citados. Na tentativa de começar a mudar este cenário, o CNPq lançou no ano passado a Chamada CNPq/MCTIC No 31/2018- Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação. O Campus Farroupilha teve um projeto aprovado, cujo o objetivo principal é: “Promover o interesse e aumentar significativamente o conhecimento científico de meninas do ensino básico por meio de um projeto, construção e implementação de uma estação meteorológica em cada uma das escolas participantes do projeto.” Este projeto iniciou suas atividades em março deste ano contando com cinco escolas públicas participantes, sendo que de cada escola três alunas e ao menos um professor são integrantes. O foco do projeto é fazer com que, para a concepção e construção das estações meteorológicas, estas jovens tenham contato com diversas atividades do conhecimento, como programação, eletrônica, Física e Química em uma metodologia baseada no aprender fazendo e na contextualização do conhecimento. Desta forma, pode-se estimular meninas que talvez não tenham outra oportunidade tão diretamente ligada com às ciências exatas a seguirem estudos nesta área. Ao final do projeto, cada escola terá sua própria estação meteorológica, de tal modo que as alunas utilizem o que aprenderam para entender o funcionamento do equipamento e possam analisar os dados medidos em aulas de Geografia, Física e Química, por exemplo. As estações foram elaboradas para serem compreensíveis, e portanto contam com elementos intuitivos e de fácil acesso. Portanto, como controlador da central meteorológica, foi escolhido o Arduino, que possui uma biblioteca de manuseio facilitado e de fácil aprendizagem para as meninas. Os sensores instalados realizam leituras de temperatura, umidade, radiação solar, direção e velocidade do vento e precipitação pluviométrica. Há ainda há um relógio em tempo real, responsável por mostrar a hora exata das medições realizadas. Além disso, a ideia é que todos os sensores realizem leituras a cada cinco minutos e que estão sejam salvas em um cartão SD para posterior análise e arquivamento em computador.

Palavras-Chave
mulheres nas ciências, ciências exatas, programação, arduino.