O tema buraco negro, para muitas pessoas, é motivo de especulações e teorias fantasiosas que o imaginário popular cria, porém geralmente, quando abordado sob o viés científico tende a despertar interesse entre os ouvintes. Tendo isso em vista faz-se necessário estudos sobre o assunto que busquem contribuir para a discussão relacionados ao tema, especialmente no que possui relação com a popularização da ciência, ao aproximá-la dos meios cotidianos, não acadêmicos. Um buraco negro de acordo com a teoria de evolução cosmológica é a representação, em teoria, de como ocorre a morte de uma estrela. Basicamente é um corpo formado a partir de uma explosão estelar (Supernova) que colapsa a um ponto em que a gravidade do mesmo se torna tão intensa que nem mesmo a luz escapa do seu “raio-trator”. O tema buraco negro vem ganhando destaque na mídia atual especialmente após a detecção de ondas gravitacionais que ocorreu em setembro de 2015 e, mais recentemente, o registro de uma imagem por simulação computacional do horizonte de eventos de um corpo supermassivo no centro da galáxia M87. Um dos destaques dados ao registro da imagem feita por simulação computacional do horizonte de eventos de um corpo supermassivo foi o papel da cientista Drª Katherine Bouman neste feito. Além de entrar para a história como a pesquisadora que apresentou para o mundo a “imagem” de um buraco negro, cem anos após a teorização realizada por Albert Einstein, o feito que por si só foi impressionante, chamou atenção pela participação feminina das cientistas responsáveis. Isto, quando se sabe que ao longo da história da ciência as contribuições femininas foram por vezes silenciadas ou anuladas. Sendo assim, um dos fatores que atraem a atenção é a ampla e notória contribuição que mulheres apresentam no desenvolvimento tanto teórico quanto experimental do estudo relacionado a buracos negros. Um exemplo disso é a contribuição da física e matemática Mileva Maric, esposa de Albert Einsten para a teorização da Relatividade Geral descrita por ele. Desta forma, esta pesquisa propõe-se a trabalhar com a premissa de valorizar as contribuições das mulheres para a ciência, tendo como foco de análise seus estudos e contribuições para a astronomia e o estudo de buracos negros. Este estudo é desenvolvido em conjunto com o projeto Meninas nas Ciências Exatas, Computação e Tecnologia realizado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Farroupilha em parceria com escolas públicas do município de Farroupilha durante o ano de 2019. Essa pesquisa tem o objetivo de apresentar, através de análise bibliográfica, os estudos, as pesquisas e as contribuições de mulheres cientistas para o desenvolvimento das teorias e técnicas voltadas ao estudo dos buracos negros.