Detalhes do Trabalho
Título do Trabalho
Existe lugar para mulheres nas ciências exatas e tecnológicas? Uma abordagem focada para alunos de Ensino Fundamental
Autor(es)
Margarete Cristina Balbinot, Júlia Dal Cin, Luísa Da Cunha Brambilla, Magali De Miranda Da Silva, Elisangela Muncinelli Caldas Barbosa
Nível / Modalidade
Fundamental / Ensino
Resumo

Ao longo da história as mulheres iniciaram suas atividades nas ciências à sombra dos homens que sempre dominaram o campo científico. Atualmente, o número de mulheres no campo das ciências aumentou, mas alguns problemas são ainda evidentes, como: remuneração mais baixa, cargos inferiores, pesquisas não reconhecidas, falta de financiamento e de vagas na chefia de universidades, por exemplo. No entanto, é necessário evidenciar o grande avanço feminino recente na história da ciência, com grandes contribuições feitas por mulheres em diversas esferas. Destaca-se que o método científico surgiu entre os séculos XVI e XVII, desde então poucas mulheres eram consideradas cientistas, mas como curandeiras, benzedeiras e parteiras. Segundo dados da Fiocruz de 2018, as mulheres ainda representam um terço dos estudantes universitários na área de ciências. Nas universidades federais brasileiras, há apenas 28,3% de mulheres como reitoras, mas positivamente, o crescimento de artigos científicos produzidos por mulheres foi de 11%, totalizando 49% de artigos com autoria feminina, ou seja, as mulheres já produzem metade do conhecimento científico no Brasil. Neste estudo, busca-se divulgar as principais informações referentes às mulheres nas ciências, destacando alguns trabalhos mais relevantes feitos à nível regional, nacional e mundial, para alunos do sexto ao nono ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Antonio Minella, a fim de proporcionar um momento de reflexão sobre o trabalho da mulher como cientista frente a grande maioria masculina. A apresentação será realizada pelas alunas, participantes do projeto Meninas nas ciências, exatas e engenharias do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) campus Farroupilha, através de portifólio com fotos das mulheres e com os principais dados como história e trabalhos realizados. A exposição das informações será feita nas salas de aulas envolvendo todos os alunos das turmas dos anos finais do Ensino Fundamental da escola citada. Os textos e as fotos das mulheres destacadas serão coletados e produzidos a partir de pesquisa bibliográfica. É importante observar que os trabalhos feitos pelas cientistas que serão apresentadas, superaram preconceitos, dificuldades financeiras, afirmando-se no pioneirismo dentro de muitas universidades. Cabe destacar que atualmente algumas instituições já mudaram suas visões, sendo que apoiam e financiam o trabalho científico das mulheres. Espera-se que a partir das apresentações os alunos percebam que as mulheres estão atuando nas ciências, mas ainda enfrentando diversas dificuldades. Objetiva-se também aumentar as referências femininas entre os jovens, lembrando que várias dessas mulheres são anônimas, trabalham, produzem, estudam e divulgam pouco os seus resultados, não adquirindo a merecida visibilidade.

Palavras-Chave
mulheres na ciência, educação básica, divulgação científica.