Detalhes do Trabalho
Título do Trabalho
Representatividade Feminina nos Cursos relacionados à Computação dos Campi Bento Gonçalves, Farroupilha e Feliz, do IFRS.
Autor(es)
Kauana Balbinot, Elisangela Muncinelli Caldas Barbosa, Daniela De Campos, Juliane Donadel, Lucinda Arsego
Nível / Modalidade
Médio - Técnico / Pesquisa
Resumo

De acordo com dados divulgados pelo Censo da Educação Superior 2019, da população brasileira entre 18 e 29 anos, as mulheres apresentam em média 11,7 anos de estudo, enquanto os homens 11,1 anos. Ainda, as mulheres são a maioria tanto de ingressantes quanto de concluintes nos cursos de graduação. Contudo, os dados apontam que a participação feminina é majoritariamente nos cursos relacionados às áreas da Saúde e Educação. Se por um lado as mulheres foram incluídas no processo educacional, por outro lado há uma exclusão das mulheres dos cursos e carreiras da área de STEM (STEM – do inglês Science, Technology Engineering and Mathematic) e em especial da Computação e Tecnologia da Informação e Comunicação onde a participação feminina é ainda mais restrita. Há uma robusta produção científica que aponta para a construção de estereótipos de gênero como um dos fatores responsáveis pela exclusão das mulheres destas carreiras. A construção de estereótipos de gênero se inicia na interação com a família passando pela escola e se estende pelas relações como um todo. Nesse sentido, a escola tem a função social de desconstruir estereótipos de gênero e fomentar práticas educativas que naturalizem a participação das meninas nas áreas de STEM. No âmbito dos Institutos Federais há a possibilidade de verticalização do ensino, o que pode ser uma oportunidade para estimular a continuidade dos estudos nas carreiras tecnológicas. Assim, essa pesquisa de caráter exploratório pretende colaborar para a reflexão sobre a participação feminina nos cursos da área de Computação em três Campi do IFRS, são eles: Bento Gonçalves, Farroupilha e Feliz. Esses Campi foram escolhidos pela posição geográfica e por ofertarem Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio (INFO) e Curso Superior em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) permitindo a verticalização. A metodologia inclui a pesquisa e organização dos dados quantitativos da participação feminina nesses cursos, além de avaliar a verticalização entre INFO e ADS, nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020. Como fonte de consulta utilizou-se a Plataforma Nilo Peçanha (PNP) e os Sistemas de Registros Acadêmicos, SIA e SIGAA. Segundo dados da PNP, no período analisado, nos três Campi as meninas são a minoria das estudantes nos Cursos de INFO e ADS. Ao observar os discentes que optaram pela verticalização de estudos entre os cursos, no Campus Bento Gonçalves o percentual de meninas foi de 21%, no Campus Farroupilha de 12% enquanto, para o Campus Feliz nenhuma menina seguiu este caminho. Os dados demonstram que no IFRS a participação feminina nos cursos analisados reflete o que ocorre a nível nacional, ou seja, a baixa representatividade das mulheres. A análise destes dados, em conjunto com uma pesquisa bibliográfica, pretende contribuir para a reflexão desta temática na Instituição.

Palavras-Chave
Representatividade Feminina, Computação, Gênero, Educação.