Como ensinar Matemática para jovens em situação de vulnerabilidade social? É possível ensinar de forma prazerosa algo tido como pesadelo por alguns? Que metodologias pode-se empregar para melhorar a aprendizagem de tal disciplina? O presente trabalho foi idealizado com o intuito de levar diferentes metodologias para o ensino da Matemática em sala de aula em um bairro de periferia com crianças que vivem em constante vulnerabilidade social. Para a efetivação do mesmo foi realizada uma prática de docência num centro de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). O motivo da realização desse estudo foi o de procurar estratégias de aprendizagem para que alunos não se desinteressassem tanto pelas aulas. De acordo com essa prática, constatou-se a necessidade de relacionar o cotidiano do educando com o conteúdo matemático ensinado. Assim sendo, o assunto trabalhado pelas educadoras, tendo relação com o espaço físico, os objetos que se encontravam na sala de aula e, sobretudo, as vivências trazidas pelos educandos produziram melhores resultados. As dificuldades vindas dos alunos não podem ser um empecilho na hora de ensinar seus discentes. Com uma metodologia diversificada o resultado foi satisfatório, pois tudo o que os atraem está no cotidiano. Por meio da prática pedagógica objetivou-se atingir um aprendizado pleno da parte dos alunos utilizando a aprendizagem significativa. Esta, implica pensar com lógica, sequência e objetividade. Em outras palavras, significa pensar articulando diversos níveis de pensamentos, levantando hipóteses e deduções. Com isso o professor não deve apenas passar diversas atividades no quadro para fixação dos conteúdos, mas inovar e ousar em novas metodologias que despertem curiosidade. A não inovação em metodologias de ensino, principalmente na Matemática, em que casualmente não se tenta mudar a sua perspectiva tradicional, nos faz repensar sobre a própria forma que ensinamos. O ensinar vai muito além da maneira mecânica de transmitir conhecimentos. Esta atividade também se define pelo interagir, usar jogos e tornar a Matemática divertida e apoiada no concreto, deixando de lado o uso exacerbado do quadro negro. Em situações do dia a dia como ir ao mercado para conferir o troco, até mesmo na compra de um sorvete para saber quantas notas ou centavos, são exemplos simples. Assim as crianças conseguem entender a relação da Matemática com o mundo que as cerca, e que acima de tudo ela faz parte da vida cotidiana das pessoas. Isso torna as aulas mais divertidas e interativas para os alunos, que acabam se envolvendo significativamente. Conclui-se que, por meio de práticas lúdicas, os educandos foram desafiados e motivados a resolver atividades contendo conteúdos matemáticos. Foi percebido que com uso da aprendizagem significativa os alunos envolveram-se de maneira prazerosa, trazendo para o ambiente escolar, novas formas de resolução das atividades.